quinta-feira, 10 de julho de 2008

10º1D


No inìcio já éramos poucos
E menos fomos ficando
Somos poucos mas bons
E tudo resolvemos falando.

Alguns se foram
Outros vieram
Mas no nosso coração
Todos eles permanecerão.

Ajudamo-nos uns aos outros
Somos muito unidos
E apesar de alguns percalços
Somos todos amigos.

Este ano passará
Mas nós não sabemos
Esta é a nossa turma
E uns dos outros nunca nos esqueceremos.

O Passado ficará
O Presente decorrerá
Do futuro apenas podemos dizer
Que seremos sempre uma turma a valer.

Este poema foi escrito por mim no 10º. ano e fala da nossa turma, o 10º.1D

terça-feira, 1 de julho de 2008

Eclodir Azul – O meu novo vício


Sendo este o primeiro texto a postar neste blogue, queria expressar-me acerca de algo que fosse importante para mim e por isso vou falar do Eclodir Azul que perceberão mais a frente do que se trata. Antes do Eclodir Azul entrar na minha vida, o mundo girava só à volta da escola. Era escola-casa, casa-escola! Quase que dava em maluca.
No entanto, um breve raio de sol surgiu no meio da escuridão que existia na minha vida, num dia em que foram tocar à minha escola e pensei para mim mesma "Eu quero entrar nisto", no entanto, por ser tímida e envergonhada não queria ir sozinha e por isso andei a chatear todos os meus colegas de turma para irem comigo. Nenhum deles quis e a ideia ficou em "standby" até que numa outra vez que lá foram descobri que uma grande amiga minha queria entrar também e assim foi. Preenchemos a ficha de inscriçãoo e entregámos na papelaria, no entanto, os dias passavam e nunca mais nos diziam nada! Andou à volta de três semanas o tempo de alguém levar da papelaria a nossa ficha e até falámos no facto de já não nos chamarem. Atá que o dia chegou, o dia 26 de Outubro de 2007 em que uma mensagem chega aos nossos telemóveis a dar as boas vindas à família Eclodir Azul! Sim, à família Eclodir Azul! Para mim, o pessoal do Eclodir Azul é como uma grande família. Apesar de no início sentir que não gostavam muito de nós, penso que agora já gostam (embora muitos ainda nos troquem os nomes) e eu também gosto muito de todos eles!
Hoje em dia o Cine - Teatro de Loures, local onde são os ensaios, é como a minha terceira casa sendo a escola, a segunda porque é onde passo mais tempo. As raríssimas vezes que tenho de faltar por algum motivo, estou sempre com o pensamento lá e a pensar que podia estar a tocar. O Eclodir tornou-se num vício, numa necessidade e não sei como farei um dia se tiver que sair, pois é isso que me permite distrair e abstrair dos problemas. Quando estou a tocar é como se os problemas desaparecessem! É impossível não se ficar com o "bichinho" da percussão. É só ter à minha disposição qualquer coisa para bater, lá estou eu a batucar, nem que seja com as mãos nas pernas. Os meus amigos já não me podem ouvir, a minha mãe também não...mas eu não posso fazer nada! É um vício, mas bastante saudável sem dúvida nenhuma!
Bom, muitos dos que podem vir a ler este texto de certo que não saberão o que é o Eclodir Azul! Então, eu vou explicar, não prometendo ser imparcial no meu texto pois é impossível não dizer bem do EA. O Eclodir Azul é uma Orquestra de Percussão e surgiu graças ao esforço de cinco jovens que já tendo frequentado um projecto de percussão, decidiram que queriam ir mais além, queriam aprender mais e fazer desenvolver a percussão nas suas vidas. O que tinham já não lhes chegava e apesar de todas as dificuldades e contratempos lá conseguiram pôr de pé este grandioso projecto que tanta alegria dá a todos os que tocam, e mais do que provado, também a todos os que ouvem. No início, sem instrumentos e sem local para ensaiar, tocavam em contentores e bidões na rua. Fosse ao sol, à chuva, ao frio ou ao calor...
Nenhuma das adversidades que se impuseram à conquista deste sonho conseguiram fazê-los desistir. A maior parte das pessoas duvidavam que a energia, jovialidade, força e desejo de conquista destes jovens pudesse triunfar e por isso até um simples protocolo com uma autarquia foi de início bastante difícil de concretizar pois afirmavam que o Eclodir Azul não tinha pernas para andar e que não chegaria a durar dois anos. Este ano, em Outubro, o EA irá completar três anos de existência, contrariando tudo e todos que duvidavam da edificação deste magnífico projecto que tem à sua frente um futuro maravilhoso cheio de grandiosas actuações e muitos anos de alegria contagiante, característica fundamental do grupo.
Vou começar com as apresentações. Os fundadores do eclodir azul são, como já referido, cinco talentosos jovens. Eles são: Isnaba, Ismael, António, Hugo e Nuno. O resto dos Eclodistas são tantos que não vou enumerar todos os seus nomes. Apenas posso referir que são pessoas de várias faixas etárias, nacionalidades, religiões, profissões e tudo o mais que possam imaginar. Cada um de nós é um bocadinho daquele espírito de amizade, entreajuda, amor, stress por vezes e também de muita alegria e "maluquice".
Há muito mais para falar acerca do Eclodir Azul mas se o fizesse iria prolongar ainda mais este texto pois teria de falar dos magníficos amigos que fiz, das pessoas que apesar de não tocarem são fundamentais na orquestra, dos calos que ganhamos nas mãos, entre muitas outras coisas. Deixando essa tarefa para mais tarde, concluo este texto dizendo que este grupo merece ser mais apoiado pois tem levado além fronteiras o nome de Portugal recebendo em todos os locais a que vai, inúmeros elogios. Inglaterra, Polónia, Grécia, Espanha, entre muitos outros países, têm sido alguns dos destinos desta Orquestra que deixa sempre bem claro o valor de todos estes Eclodistas que se esforçam por representar o melhor possível, o nosso país, Portugal! Olhem para o exemplo deste projecto e nunca deixem de seguir os vossos sonhos, mesmo que todos digam que o esforço será inútil. Mais vale fracassar a tentar do que fracassar por não ter tentado. Com força de vontade e perseverança tudo se consegue, mesmo a mais complicada tarefa do mundo. Lutem! Esforcem-se se e acima de tudo, SONHEM e nunca desistam por mais difícil e árduo que seja o caminho a percorrer.
Bons Sons!
De uma Eclodista viciada,